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STF retoma julgamento sobre legalidade de candidaturas avulsas

O STF (Supremo Tribunal Federal) retoma, nesta sexta-feira (15), o julgamento sobre candidaturas avulsas, ou seja, aquelas em que o candidato concorre sem filiação partidária. A votação ocorre no plenário virtual — em que não há discussão da matéria. Os ministros terão sete dias para apresentar os votos. O tema já havia sido pautado em […]

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Edifício do Supremo Tribunal Federal em Brasília  • Fellipe Sampaio/STF


O STF (Supremo Tribunal Federal) retoma, nesta sexta-feira (15), o julgamento sobre candidaturas avulsas, ou seja, aquelas em que o candidato concorre sem filiação partidária. A votação ocorre no plenário virtual — em que não há discussão da matéria.

Os ministros terão sete dias para apresentar os votos. O tema já havia sido pautado em maio pelo presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, mas ele retirou o processo de votação ao pedir destaque, o que levaria o caso ao plenário físico, com debates presenciais.

No fim do mês passado, no entanto, o ministro voltou atrás e cancelou o pedido, mantendo o julgamento no ambiente virtual e agendando-o para agosto.

A ação tramita no STF há oito anos e é considerada controversa tanto entre os ministros quanto por integrantes da PGR (Procuradoria-Geral da República) e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

O processo foi movido por um advogado que, em 2016, tentou registrar candidatura independente à Prefeitura do Rio de Janeiro, mas teve o pedido negado pelo TSE. A Corte Eleitoral considerou que a Constituição exige filiação partidária para concorrer a cargos eletivos.

Entretanto, o caso levantou um debate sobre o Pacto de San José da Costa Rica, tratado de direitos humanos ratificado pelo Brasil em 1992.

O pacto estabelece que “todo o cidadão deve gozar do direito de votar e ser eleito em eleições periódicas, autênticas, realizadas por sufrágio universal e por voto secreto”, sem mencionar a necessidade de vínculo partidário.

Em 2017, o plenário do STF chegou a pautar o processo para julgamento, mas os ministros se limitaram a reconhecer a repercussão geral, ou seja, quando há impacto em demais processos semelhantes. Em 2019, foi feita uma audiência pública para discutir a questão.

Se a Corte autorizar candidaturas avulsas, a mudança já poderá valer para as eleições de 2026. Técnicos do TSE, porém, alertam para os desafios operacionais, já que seria necessário adaptar todos os sistemas de registro e apuração de votos.

*Com informações de Davi Vittorazzi e Gabriela Boechat



Fonte: CNN

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