Os corpos de mil pessoas foram repatriados para a Ucrânia pela Rússia nesta terça-feira (19), conforme acordos negociados anteriormente.
A Rússia afirmou que os corpos pertencem a militares ucranianos, segundo o Quartel-General para o Tratamento de Prisioneiros de Guerra da Ucrânia, mas a Ucrânia ainda não comprovou a informação.
Em trocas anteriores, a Rússia devolveu alguns corpos que estavam em uniformes militares russos ou que foram encontrados com documentos russos e placas de identificação, segundo o Ministério do Interior da Ucrânia.
“Infelizmente, entre os repatriados estão os corpos de cinco militares ucranianos que morreram em cativeiro. Eles estavam na lista de prisioneiros ‘gravemente feridos e gravemente doentes’ a serem trocados, de acordo com os acordos firmados em Istambul durante a segunda rodada de negociações”, afirmou o Quartel-General de Prisioneiros de Guerra da Ucrânia em um comunicado.
“O lado russo continua a atrasar e não cumpre com suas obrigações”, afirma o comunicado. “A Ucrânia insiste na libertação imediata de todos os prisioneiros gravemente doentes e gravemente feridos e luta pelo retorno de todos os cidadãos ucranianos.”
O quartel-general informou que os soldados ucranianos falecidos serviam nas regiões ucranianas de Donetsk, Zaporizhzhia e Luhansk, bem como na incursão na região russa de Kursk.
A autoridade ucraniana agradeceu ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha pela assistência na repatriação dos corpos.
Ainda não está claro se a Ucrânia repatriou os corpos dos soldados russos em troca.
Entenda a guerra na Ucrânia
A Rússia iniciou a invasão em larga escala da Ucrânia em fevereiro de 2022 e detém atualmente cerca de um quinto do território do país vizinho.
Ainda em 2022, o presidente russo, Vladimir Putin, decretou a anexação de quatro regiões ucranianas: Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia.
Os russos avançam lentamente pelo leste e Moscou não dá sinais de abandonar seus principais objetivos de guerra. Enquanto isso, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, pressiona por um acordo de paz.
A Ucrânia tem realizado ataques cada vez mais ousados dentro da Rússia e diz que as operações visam destruir infraestrutura essencial do Exército russo.
O governo de Putin, por sua vez, intensificou os ataques aéreos, incluindo ofensivas com drones.
Os dois lados negam ter como alvo civis, mas milhares morreram no conflito, a grande maioria deles ucranianos.
Acredita-se também que milhares de soldados morreram na linha de frente, mas nenhum dos lados divulga números de baixas militares.
Os Estados Unidos afirmam que 1,2 milhão de pessoas ficaram feridas ou mortas na guerra.
Fonte: CNN