PUBLICIDADE

Presos em operação na semec são identificados e liberados após depoimento

Quatro indivíduos detidos temporariamente durante a Operação Mãos Limpas, deflagrada pela Polícia Federal na quarta-feira, foram liberados após prestarem depoimento. Os investigados foram identificados como Francisco de Jesus dos Reis, Victor Almeida de Moura, Bruno Barbosa dos Santos e Francisco Aderson de Sousa Ramos. Segundo informações da Polícia Federal, a liberação ocorreu devido à colaboração […]

Eduardo Amorim

Quatro indivíduos detidos temporariamente durante a Operação Mãos Limpas, deflagrada pela Polícia Federal na quarta-feira, foram liberados após prestarem depoimento. Os investigados foram identificados como Francisco de Jesus dos Reis, Victor Almeida de Moura, Bruno Barbosa dos Santos e Francisco Aderson de Sousa Ramos.

Segundo informações da Polícia Federal, a liberação ocorreu devido à colaboração dos investigados com as autoridades, dispensando a necessidade de manter a prisão temporária. A Operação Mãos Limpas investiga suspeitas de desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro envolvendo a Secretaria Municipal de Educação (Semec).

Francisco de Jesus dos Reis é apontado como sócio da antiga Belazarte Serviços de Consultoria, atualmente Alfa Gestão de Recursos Humanos. Os outros três indivíduos, Victor Almeida de Moura, Bruno Barbosa dos Santos e Francisco Aderson de Sousa Ramos, são considerados operadores financeiros em um suposto esquema de lavagem de dinheiro, ligado a Marcus Almeida. Marcus Almeida, já detido pela Polícia Civil em decorrência de investigações relacionadas, não foi alvo de mandado nesta fase da operação.

A investigação, iniciada em 2023, revela indícios de fraude em licitações realizadas em 2019 e 2022, com o objetivo de terceirizar mão de obra na Semec. As supostas irregularidades incluem direcionamento de contratos, utilização de empresas de fachada, superfaturamento e a prática conhecida como “rachadinha”, que consiste na retenção de parte dos salários de funcionários terceirizados.

A Justiça Federal determinou o bloqueio de bens e ativos financeiros dos investigados, totalizando mais de R$ 40 milhões, visando o ressarcimento dos danos causados aos cofres públicos.

O ex-secretário da Semec, Nouga Cardoso, que ocupou o cargo durante três anos na gestão do ex-prefeito, declarou que não identificou quaisquer irregularidades durante seu período à frente da pasta e que não reconhece os servidores investigados na operação. Ele também afirmou que não foi alvo de buscas ou contatado pelas autoridades de controle, tendo tomado conhecimento do caso por meio da imprensa.

O atual secretário de Educação, Ismael Silva, confirmou a presença da Polícia Federal e do Tribunal de Contas do Estado na sede da secretaria, onde foram solicitados documentos e contratos de terceirização datados a partir de 2019. Segundo o secretário, o inquérito tramita em segredo de Justiça, e a secretaria colaborou com a entrega de toda a documentação solicitada.

Em nota, a Semec declarou ter recebido a visita de agentes da Polícia Federal e do Tribunal de Contas do Estado, que solicitaram esclarecimentos sobre fatos investigados no Inquérito Policial nº 2023.0053163-SR/PF/PI, relacionado à “Operação Gabinete de Ouro”, que apura suposto esquema de “rachadinha” durante a gestão anterior. A Secretaria ressaltou que tem colaborado plenamente com as autoridades, fornecendo todos os documentos disponíveis e adotando as medidas necessárias para apoiar integralmente o trabalho de apuração. A Semec reafirmou seu compromisso com a transparência, a legalidade e o interesse público, permanecendo à disposição dos órgãos de controle para quaisquer esclarecimentos adicionais.

Fonte: portalclubenews.com

Leia mais

PUBLICIDADE