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Mineradora anuncia centro de terras raras em MG sem tecnologia da China

A mineradora australiana Viridis Mining & Minerals anunciou, nesta segunda-feira (20), a construção de um centro de pesquisa e processamento de terras raras, em Poços de Caldas (MG), sem uso de tecnologia, componentes ou equipamentos chineses. O anúncio foi feito em fato relevante ao mercado. O centro ficará localizado no parque industrial de Poços de […]

Mineradora anuncia centro de terras raras em MG sem tecnologia da China
Amostras de terras raras: Óxido de cério, Bastnasita, óxido de neodímio e carbonato de lantânio  • .REUTERS/David Becker


A mineradora australiana Viridis Mining & Minerals anunciou, nesta segunda-feira (20), a construção de um centro de pesquisa e processamento de terras raras, em Poços de Caldas (MG), sem uso de tecnologia, componentes ou equipamentos chineses.

O anúncio foi feito em fato relevante ao mercado.

O centro ficará localizado no parque industrial de Poços de Caldas, a cerca de 7 quilômetros das concessões minerais da empresa, e servirá como base para a produção experimental de carbonato misto de terras raras, etapa intermediária na cadeia de refino desses minerais.

O início das operações está previsto para o segundo trimestre de 2026.

A planta, com capacidade para processar 100 quilos por hora de minério bruto, funcionará como uma unidade de demonstração, voltada a validação de parâmetros técnicos, a otimização operacional e a preparação comercial do desenvolvimento de terras raras da empresa.

Outro objetivo do centro é gerar amostras de produto para qualificação de parceiros de offtake, ou seja, empresas que poderão firmar contratos de compra antecipada da produção futura.

O anúncio ocorre em meio à ampliação dos controles de exportação impostos pela China sobre as terras raras, um grupo de 17 elementos químicos essenciais para a fabricação de turbinas eólicas, veículos elétricos, chips e equipamentos de defesa.

Pequim domina mais de 80% do processamento global desses minerais e, em 9 de outubro, ampliou as restrições, exigindo autorização para exportação de qualquer produto que contenha até traços de terras raras.

A medida acendeu alertas em países ocidentais e intensificou a busca por fornecedores alternativos, como o Brasil.

A decisão da Viridis de excluir totalmente insumos e tecnologia da China foi “estratégica”.

Segundo a empresa, o objetivo é evitar riscos de dependência e consolidar o Projeto Colossus, localizado no sul de Minas Gerais, como um fornecedor ocidental dentro da cadeia de minerais críticos.

“Essa abordagem proativa garante que a Viridis não fique exposta a possíveis atrasos, restrições ou riscos de dependência decorrentes dos novos controles de exportação, e posiciona o Projeto Colossus como um dos poucos empreendimentos de terras raras alinhados ao ocidente capazes de avançar de forma independente da cadeia de suprimentos chinesa”, diz a empresa

Projeto Colossus

O novo centro faz parte do projeto Colossus, que prevê o desenvolvimento de reservas de argilas iônicas ricas em terras raras, com potencial para produzir elementos como neodímio, praseodímio, térbio e disprósio — usados para a produção de ímãs.

A empresa informou, na nota, que o licenciamento ambiental é hoje sua principal prioridade.

O estudo e relatório de impacto ambiental foi apresentado em janeiro de 2025, e a expectativa é de que a licença prévia seja concedida em breve.

A Viridis também deu início ao estudo de viabilidade definitiva com conclusão prevista para junho de 2026.

 



Fonte: CNN

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