O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) implementou uma suspensão temporária no recebimento de animais silvestres que são encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) no Piauí por órgãos estaduais e municipais. A medida, que entrou em vigor no início de novembro, justifica-se por “protocolos sanitários e reorganização operacional”.
Segundo comunicado oficial, a decisão visa assegurar uma distribuição clara das responsabilidades entre as esferas estadual e federal, em consonância com a legislação ambiental vigente. Não há uma data definida para o término da suspensão.
Apesar da restrição, o Cetas continua a receber normalmente animais provenientes de ações de fiscalização realizadas pela esfera federal.
O Ibama informou que comunicou formalmente a decisão ao Governo do Estado, à Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e ao Batalhão de Polícia Ambiental, notificando-os sobre a impossibilidade temporária de receber novos animais silvestres resgatados por órgãos estaduais e municipais.
A iniciativa busca garantir o manejo e tratamento adequados dos animais já sob a custódia do Cetas, assegurando que cada entidade federativa cumpra seu papel na proteção da fauna silvestre.
De acordo com os ofícios nº 334/2025 e nº 335/2025, os animais resgatados por órgãos estaduais devem ser direcionados para o próprio Estado, enquanto o Cetas/Ibama-PI permanece responsável pelos animais resgatados em operações de fiscalização federais.
Essa orientação reforça a organização das responsabilidades: as questões de competência estadual permanecem sob a responsabilidade do Estado, e as de competência federal continuam sob a responsabilidade do Ibama.
O Ibama no Piauí declarou manter-se disponível para cooperação técnica e institucional, buscando contribuir para a preservação e o manejo adequado da fauna no estado. Aves, macacos e jabutis são os animais silvestres mais resgatados em áreas urbanas no Piauí.
Fonte: g1.globo.com