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Brasil deve colher menos soja em 2026, mas receita com exportação sobe

São Paulo – A safra de soja brasileira em 2026 tem uma nova projeção, agora estimada em 177,7 milhões de toneladas. O número representa uma diminuição de 800 mil toneladas em relação à previsão divulgada em outubro, de acordo com levantamento mensal da associação da indústria. Apesar da revisão para baixo, o país, que é […]

Plantação de soja em fazenda de São Desidério, na Bahia - 21/03/2018 (Foto: REUTERS/Roberto S...

São Paulo – A safra de soja brasileira em 2026 tem uma nova projeção, agora estimada em 177,7 milhões de toneladas. O número representa uma diminuição de 800 mil toneladas em relação à previsão divulgada em outubro, de acordo com levantamento mensal da associação da indústria.

Apesar da revisão para baixo, o país, que é o maior produtor e exportador global da commodity, ainda deve alcançar um volume recorde, superando a safra de 2025.

Não foram detalhadas as razões para a redução na projeção, embora o plantio esteja em andamento em ritmo mais lento devido a chuvas irregulares em diversas regiões do país. A estimativa, segundo a associação, reflete a média dos números apresentados por empresas associadas, como tradings e processadoras.

Ainda de acordo com a associação, o clima adverso no início do desenvolvimento da safra pode estar relacionado à projeção menor. Até a semana passada, pouco mais de 70% do plantio havia sido concluído.

Em contrapartida, a previsão para a safra brasileira colhida no início de 2025 foi revista para cima, alcançando 172,1 milhões de toneladas, ante os 171,8 milhões estimados em outubro.

Os estoques finais de soja no Brasil em 2026 permanecem relativamente estáveis, em 10,55 milhões de toneladas, em função do aumento da safra anterior e da redução na nova projeção.

As projeções de exportação e processamento de soja brasileira em 2026 foram mantidas, com expectativas de que também atinjam patamares recordes. Contudo, essa estimativa ainda depende de condições climáticas favoráveis.

Espera-se que a exportação de soja do Brasil em 2026 atinja 111 milhões de toneladas, um novo recorde, superando os 109 milhões de toneladas previstos para 2025, número este que foi revisado para baixo em 500 mil toneladas.

O processamento de soja no Brasil em 2026 deverá alcançar 60,5 milhões de toneladas, representando um aumento de 3,4% em relação a 2025.

As projeções para a produção de farelo e óleo de soja foram mantidas. A expectativa de exportação de óleo vegetal foi elevada em 200 mil toneladas, totalizando 1,2 milhão de toneladas, embora ainda abaixo das 1,35 milhão de toneladas registradas em 2025.

A receita gerada pelas exportações brasileiras de soja, farelo e óleo, considerada um setor líder na geração de divisas para o país, é estimada em US$ 60,25 bilhões em 2026. Esse valor representa um aumento em relação aos US$ 55,26 bilhões previstos no mês anterior, em decorrência de uma revisão nos preços da commodity.

A projeção de receitas na exportação do complexo soja em 2025 também foi revista para cima, alcançando US$ 53,3 bilhões, um aumento de US$ 3 bilhões em comparação com a estimativa do mês anterior, mesmo com uma redução no volume exportado no ano.

Até o mês passado, a estimativa para o preço médio da soja em 2026 era de US$ 415 por tonelada, e de US$ 380 por tonelada em 2025. Atualmente, as projeções são de US$ 450 por tonelada e US$ 400 por tonelada, respectivamente.

A soja em grão representa a maior parcela da receita gerada, com quase US$ 50 bilhões projetados para 2026.

Fonte: www.infomoney.com.br

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