Jair Bolsonaro passará por audiência de custódia ao meio-dia deste domingo. A medida ocorre após sua prisão preventiva, decretada no sábado pela Polícia Federal por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O ministro justificou a decisão mencionando um possível risco de fuga, alegando que Bolsonaro tentou violar sua tornozeleira eletrônica. A convocação de uma vigília nas proximidades da residência onde o ex-presidente cumpria prisão domiciliar, feita por seu filho, o senador Flávio Bolsonaro, também foi citada como fator que contribuiu para a determinação da prisão preventiva.
Bolsonaro foi encaminhado à Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal, de onde participará da audiência por meio de videoconferência. Alexandre de Moraes também determinou que seja garantido atendimento médico integral ao ex-presidente, e que as visitas sejam previamente autorizadas pelo STF, excetuando-se as visitas de seus advogados e da equipe médica responsável por seus cuidados.
Na sexta-feira, o ex-presidente teria utilizado um ferro de solda na tentativa de danificar a tornozeleira eletrônica. O ato gerou um alerta à Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seap), órgão responsável pelo monitoramento do equipamento. O ministro Alexandre de Moraes concedeu um prazo de 24 horas para que a defesa de Bolsonaro se manifestasse sobre a tentativa de violação do dispositivo.
A defesa de Bolsonaro informou que irá recorrer da decisão. Segundo os advogados, a tornozeleira eletrônica foi imposta com o objetivo de “causar humilhação” ao ex-presidente. Eles alegam que a alegação de fuga com o rompimento do equipamento seria apenas uma narrativa para justificar a prisão preventiva.
Fonte: portalclubenews.com