A Black Friday deste ano, agendada para a próxima sexta-feira, dia 28, deverá aquecer o comércio com um volume de vendas estimado em R$ 5,4 bilhões. A cifra representa um marco histórico, superando todos os valores registrados desde o início da série de levantamentos em 2010.
A expectativa é de um crescimento de 2,4% em relação ao montante movimentado na mesma data em 2024.
Apesar das incertezas econômicas, como o endividamento das famílias, o cenário externo instável e a cautela no mercado nacional, a Black Friday ainda deve apresentar um aumento nas vendas.
O elevado endividamento e inadimplência das famílias, juntamente com o encarecimento do crédito, são apontados como fatores que podem limitar um avanço ainda maior nas vendas. Contudo, a valorização do câmbio e os níveis baixos de desemprego devem impulsionar o volume total de negócios.
Nos últimos 12 meses, a taxa média de câmbio em relação ao dólar apresentou uma queda de 8,3%. A cotação atual demonstra um panorama mais favorável ao poder de compra, em contraste com o cenário de novembro de 2024, quando o dólar se aproximava de R$ 5,80.
O mercado de trabalho favorável, com sucessivas reduções no desemprego, tem contribuído para o aumento da atividade varejista. No segundo trimestre deste ano, a massa real de rendimentos registrou um aumento de 5,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Para a Black Friday de 2025, a maior parte das vendas, cerca de 68%, deverá se concentrar em hipermercados e supermercados (R$ 1,32 bilhão), eletroeletrônicos e utilidades domésticas (R$ 1,24 bilhão) e móveis e eletrodomésticos (R$ 1,15 bilhão). Vestuário e acessórios (R$ 0,95 bilhão) e farmácias, perfumarias e cosméticos (R$ 0,38 bilhão) também devem se destacar.
A Black Friday figura como a quinta data comemorativa mais importante para o varejo, atrás do Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais.
Um levantamento de preços realizado ao longo dos últimos 40 dias, com foco em 150 itens distribuídos em 30 categorias de produtos, revelou o potencial de descontos significativos durante a campanha.
De acordo com o estudo, 70% das categorias apresentam um potencial elevado de redução efetiva de preços, com destaque para itens de papelaria (-10,14% nos últimos 40 dias), livros (-9,02%), joias e bijuterias (-9,01%), perfumaria (-8,20%), utilidades domésticas (-8,18%) e higiene pessoal (-8,11%).
Fonte: www.infomoney.com.br
