Endrick ainda não se firmou como titular no Real Madrid, tampouco viveu seu grande momento com a camisa da seleção brasileira principal. Mas fora das quatro linhas, o jovem de 18 anos já é uma estrela consolidada.
O atacante chega à estreia do time na Copa do Mundo de Clubes com 11 contratos de patrocínio, número que o coloca entre os brasileiros com mais parcerias comerciais no esporte — atrás apenas de Neymar, com 14, e empatado com Vinicius Jr., com 11.
Mesmo em sua temporada de estreia no clube merengue, com minutos limitados e atuações ainda discretas, Endrick conseguiu ampliar sua vitrine para as marcas. Fechou acordos com nomes como Red Bull, Sicoob, Replay e Druid/Clash Royale nos últimos meses, todos já durante sua experiência europeia. E manteve os que já trazia do Brasil, como New Balance, Natura, EA Sports, Tecno Mobile, Disney, Panini e Hypera Pharma.
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“Endrick chegou à Espanha já consagrado como decisivo em um título nacional e protagonista absoluto de outro. Um status que nenhum brasileiro tinha quando chegou a um clube europeu com sua idade, e isso despertou interesse de dezenas de marcas de diferentes segmentos”, explica Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports Brazil, empresa que gere a carreira do atacante e é comandada por Jay-Z.
O fenômeno publicitário de Endrick é reflexo não apenas dos gols e títulos conquistados ainda muito jovem com a camisa do Palmeiras — incluindo Brasileirão e Campeonato Paulista — mas também da imagem cuidadosamente construída desde os 15 anos. O atacante chama atenção pelo profissionalismo, maturidade e carisma, atributos que cativaram grandes empresas que veem no garoto um investimento de longo prazo.
Mesmo sem grande protagonismo no Real Madrid — foram 37 jogos, 7 gols e 1 assistência em sua primeira temporada –, Endrick mostrou efetividade. Deixou sua marca na Champions League, em um jogo em que esteve apenas 10 minutos em campo, e foi destaque na Copa do Rei, com cinco gols em seis partidas, sendo peça importante na campanha até a final.
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Comparado aos nomes que dominam o mercado publicitário brasileiro, Endrick começa a trilhar um caminho semelhante. Neymar, aos 33 anos, conta com 14 patrocinadores, alguns de longa data como Red Bull e Replay, e nomes relevantes como Puma, Epic Games, Pokerstars e Mondelez.
Já Vinicius Jr., consolidado no Real Madrid e com dois títulos da Champions League, tem contratos com gigantes como Clear, Omo, Gatorade, Pepsi, Playstation, EA Sports e Nike.
“Apesar de ainda jovem, Vini já está consolidado no maior clube do mundo, e na seleção mais importante. Já foi campeão e protagonista de duas Champions, e é uma referência de resiliência e sucesso no esporte para a maioria dos brasileiros”, afirma Frederico Pena, CEO da Roc Nation Sports Brazil. Segundo ele, a operação comercial de Vini Jr. funciona como uma empresa, com setores jurídico, comercial, administrativo e até um Instituto que atua na educação antirracista.
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Entre os convocados recentes da seleção brasileira por Carlo Ancelotti, nenhum outro jogador além de Vini, Neymar e Endrick possui tantos contratos. Alguns atletas, como Alisson, Marquinhos, Andreas Pereira e o jovem Estevão, possuem parcerias pontuais, mas sem a robustez de um portfólio tão variado.
Para especialistas em marketing esportivo, a nova geração de atletas brasileiros está redefinindo o relacionamento entre imagem, performance e negócios.
“Vini mostra que um atleta pode se tornar uma marca e construir uma carreira comercial sólida. Endrick segue esse caminho, mesmo ainda em formação dentro de campo”, afirma Bruno Brum, CMO da agência End to End. “É a força da imagem bem gerida desde a base, algo que o mercado publicitário valoriza cada vez mais.”
Fonte: Infomoney.com
