O advogado Wildes Próspero, responsável pela defesa de Alandilson Passos no caso que investiga a vereadora Tatiana Medeiros (PSB), refuta veementemente a alegação de que seu cliente possua qualquer ligação com a facção criminosa conhecida como Bonde dos 40. A declaração foi feita durante a audiência de instrução e julgamento ocorrida no Fórum Eleitoral de Teresina nesta terça-feira (25).
Alandilson Passos, atualmente detido na Penitenciária de Altos, não compareceu à audiência. Segundo Próspero, a acusação de envolvimento com o crime organizado é uma narrativa infundada. Ele afirma que o processo em questão se concentra na investigação de uma suposta compra ilícita de votos durante as eleições de 2024, que resultaram na eleição de Tatiana Medeiros.
“Criou-se uma narrativa, que se vende mais fácil, dele ser integrante dessa facção criminosa,” declarou o advogado. “O Alandilson não responde a nenhum processo em que seja imputado a ele ou que tenha sido coletado algum elemento que aponte ele como integrante do Bonde dos 40.”
A Polícia Federal indiciou Alandilson Cardoso Passos por diversos crimes, incluindo organização criminosa, corrupção eleitoral, lavagem de dinheiro, usura e violação do sigilo do voto.
Próspero enfatizou que, durante a audiência de segunda-feira (24), não houve qualquer menção ao Bonde dos 40. “O delegado foi muito categórico dizendo que sequer chegou a investigar essa hipótese investigativa. O que se verificou é que se houve uma reunião de pessoas com o propósito de eleger a vereadora Tatiana, fazendo uso de uma captação ilícita de sufrágio,” explicou o advogado.
Paralelamente, a defesa de Tatiana Medeiros também se manifestou, negando a ocorrência de compra de votos durante o processo eleitoral. A vereadora, eleita para seu primeiro mandato em 2024 pelo PSB com 2.925 votos, enfrenta acusações que incluem o financiamento de campanhas eleitorais por facções criminosas no Piauí.
O advogado Samuel Castelo Branco, que representa Medeiros, declarou: “A defesa sustenta que não houve compra de votos. O que eu posso dizer, e o que eu já tenho dito desde o início: é que não há envolvimento de facção. As premissas que iniciaram a investigação da Polícia Federal não se confirmaram.”
A defesa de Medeiros planeja analisar o pedido de revogação da prisão domiciliar da parlamentar após a produção das provas. O caso continua em andamento, com as defesas buscando desconstruir as acusações e apresentar evidências que favoreçam seus respectivos clientes.
Fonte: portalclubenews.com