A safra do caju se firma como um importante motor econômico e cultural no Piauí. O estado, reconhecido como um dos maiores produtores do fruto no Brasil, transforma a colheita em uma variedade de produtos, desde alimentos inovadores até peças de artesanato.
A colheita do caju concentra-se no segundo semestre do ano, com o período de maior produção ocorrendo entre setembro e dezembro. Em comunidades como o povoado Cajaíba, na zona rural de Teresina, o cultivo do caju representa uma das principais fontes de sustento para as famílias locais.
Adriani Frota, agricultora da região, destaca a versatilidade do caju: “O caju é uma fruta de excelência, tudo se aproveita. Eu comecei a despertar para o caju através de um curso e aí implantamos. Sempre trabalhando, sempre melhorando. Temos também a cajuína, doce, mel de caju e até carne de caju”. A agricultora relata que até mesmo a ração dos animais criados na propriedade é enriquecida com o pseudofruto.
Lenildo Lima, presidente da Cooperativa de Produtores de Cajuína do Piauí, ressalta o potencial do caju na culinária. Segundo ele, o fruto pode ser utilizado em diversos pratos, como lasanha, pastel e paçoca, utilizando a polpa do caju.
“É a maior fonte de renda da agricultura familiar aqui no estado. Nesse período, as pequenas famílias têm a renda justamente com o caju, usando o pedúnculo e a castanha”, enfatiza Lenildo, destacando a importância da cultura para a economia local.
A inspiração proporcionada pelo caju também se estende ao artesanato. Em Piracuruca, artesãos da Associação Arte da Terra exploram a temática do fruto na criação de acessórios, roupas e pinturas em tela, demonstrando a amplitude do impacto do caju na região.
Fonte: g1.globo.com