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Varejo deve ter crescimento quase nulo no fim de ano, aponta estudo

O setor varejista deve apresentar um crescimento praticamente nulo no final deste ano, com projeções que indicam uma expansão muito tímida nas vendas. Um estudo do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar) em conjunto com a FIA Business School, revela que o varejo restrito, que engloba segmentos como supermercados, vestuário […]

Comércio varejista (Foto: Charles de Moura/PMSJC)

O setor varejista deve apresentar um crescimento praticamente nulo no final deste ano, com projeções que indicam uma expansão muito tímida nas vendas. Um estudo do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar) em conjunto com a FIA Business School, revela que o varejo restrito, que engloba segmentos como supermercados, vestuário e farmácias, pode registrar um desempenho de -0,01% em novembro, -0,04% em dezembro e 0% em janeiro, sempre em comparação com o mês anterior.

Para o varejo ampliado, que além dos segmentos do varejo restrito também considera veículos, motos, peças e materiais de construção, a projeção é de um avanço de 0,42% em novembro, seguido por um recuo de -0,02% em dezembro e um novo avanço de 0,61% em janeiro.

Segundo Claudio Felisoni, presidente do Ibevar, a expectativa é de um “crescimento pífio” nos próximos três meses, caracterizado por uma expansão lateral, onde o varejo permanece estagnado. Ele atribui essa resiliência moderada a fatores como a situação do emprego, o consumo das famílias, as elevadas taxas de juros e o alto nível de endividamento.

De acordo com dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a proporção de famílias endividadas atingiu 79,5% em outubro, com 30,5% delas consideradas inadimplentes. Um dado preocupante é o aumento do número de pessoas que declaram não ter condições de quitar suas dívidas, atingindo 13,2%.

O estudo do Ibevar também avaliou o desempenho do varejo em relação a outros períodos. No varejo restrito, as projeções apontam para um crescimento de 0,58% em comparação com o mesmo mês do ano anterior e um aumento acumulado de 1,80% nos últimos 12 meses. Esses resultados sugerem uma certa estabilidade no consumo das famílias, após um período de desaceleração.

Por outro lado, o varejo ampliado apresentou um recuo de -2,39% em relação ao mesmo mês de 2024 e uma queda de -0,08% no acumulado de 12 meses. Esse desempenho reflete a lenta recuperação desse setor.

Apesar do cenário desafiador, Felisoni observa que as pessoas têm buscado manter seu padrão de vida, priorizando gastos essenciais e serviços que não podem ser cortados de imediato, como planos de saúde, transporte e serviços pessoais.

Fonte: www.infomoney.com.br

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